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Dia Internacional da Mulher: super-heroínas inspiradoras dos HQs

  Carolina Machado    quinta-feira, 08 de março de 2018

Integrando o ciclo de matérias relacionadas ao Dia Internacional das Mulheres, confira neste post algumas super-heroínas marcantes e influenciadoras dos quadrinhos.

Antes um mercado para meninos, as super-heroínas clássicas foram criadas nos anos 40-50, incluindo nossa icônica Mulher Maravilha e a Supergirl. Infelizmente, nessa época, foram criadas por roteiristas e artistas do sexo masculino para um público essencialmente masculino.




Como a arte imita a vida, por volta dos anos 60-70, acompanhando a segunda onda do feminismo, foram criadas ou reformuladas personagens mais fortes e independentes, até mesmo ocupando papeis antes somente masculinos.

Esse time de mulheres protagonistas incríveis ajudou e vem ajudando a ultrapassar barreiras e inspirar jovens leitoras a saírem do lugar comum, se sentirem mais capazes e procurarem novos ideais.

Capitã Marvel

Dia Internacional da Mulher: super-heroínas inspiradoras dos HQs

Criada em 1968, no auge da segunda onda do movimento feminista, Carol Danvers foi concebida pelo roteirista Roy Thomas e pelo desenhista Gene Colan para espelhar nos quadrinhos os esforços de mulheres que batalhavam para se inserir no mercado de trabalho tipicamente masculino. O personagem Carol sonhava em pilotar na infância, apesar da resistência de seu pai, e por mérito próprio conseguiu um posto numa das instituições mais machistas do país, a Força Aérea Americana.  Já agindo como piloto, ganhou os superpoderes alienígenas kree de Mar-vell, o Capitão Marvel, e se tornou a Ms. Marvel em 1977. Seus poderes são super-força (pode erguer várias toneladas), durabilidade (pode resistir a danos mortais), super-vigor (pode lutar por tempo indeterminado sem se cansar), agilidade (reflexos e velocidade muito rápidos), capacidade de voar, manipular e absorver energia (é capaz de absorver uma quantidade incalculável de energia, elevando o nível de seus poderes, além de poder disparar rajadas de energia pelas mãos ou pelos olhos).




A partir 2012, sob a criação de Kelly Sue DeConnick, Carol Danvers assumiu finalmente o título de capitã e, além do uniforme novo, mais prático e menos sexualizado, tomou uma postura mais independente. Como resultado da sua estratégia de colocar Danvers como líder de um grupo, entre suas leitoras se formou um grupo de fãs autodenominado “Carol Corps” que frequentam Comic-Cons com cosplays da nova Capitã Marvel.

 

Mulher Maravilha

Pioneira das super-heroínas em quadrinhos, saiba mais sobre a icônica Mulher-Maravilha neste post.

Jean Grey/Fênix

Criado pelo escritor Stan Lee e pelo artista Jack Kirby, o personagem apareceu pela primeira vez em The X-Men # 1 (setembro de 1963). Telepáta e telecinética, Jean Grey ganhou grande espaço sendo coordenadora dos X-Men na mansão Xavier e por várias vezes liderando missões, como quando enfrentou pela primeira vez Magneto. Protagonista de uma das mais famosas sagas da Marvel em 1977, Jean Grey se transforma na “semi-deusa” Fênix com poder cósmico infinito quando, após quase morrer por irradiação solar na volta de uma missão ao espaço, Jean é salva pela entidade cósmica conhecida como Força Fênix.

Tempestade

Criada durante a Era do Bronze dos Quadrinhos, teve sua primeira aparição em Giant-Size X-Men #1 (Maio de 1975). Tempestade é a primeira grande personagem feminina africana nos quadrinhos, descendente de uma antiga linha de sacerdotisas em que todas tem cabelos brancos, olhos azuis e potencial para usar magia. Nascido Ororo Munroe, é filha de uma princesa tribal do Quênia e um fotojornalista americano, sendo criada no Harlem e no Cairo. Torna-se órfã depois que seus pais são mortos no meio de um conflito árabe-israelense.

Mais tarde integrante dos X-Men, Tempestade também faz parte de um dos relacionamentos românticos de perfil mais alto em todos os quadrinhos. Quando casa com o namorado de adolescência e companheiro, Pantera Negra – retratado recentemente no cinema – torna-se Rainha Consorte de Wakanda.

Viúva Negra

Criada por Stan Lee (edição), Don Rico (roteiro) e Don Heck (desenhos), a personagem apareceu pela primeira vez em Tales of Suspense #52 (abril de 1964). A personagem foi introduzida pela primeira vez como uma espiã russa, antagonista do super-herói Homem de Ferro. Mais tarde, ela fugiu para os Estados Unidos, tornando-se uma agente da S.H.I.E.L.D. e membro da equipe de super-heróis Vingadores.




A versão mais conhecida para origem de Natasha Romanoff diz que ela foi adotada por Ivan Petrovich e quando já estava mais crescida, foi levada por Ivan até a Sala Vermelha. Lá ela receberia treinamento de combate e espionagem junto com outras 28 jovens garotas órfãs. Além de um treinamento físico intenso, que incluía algumas lições com o Soldado Invernal, as garotas eram psico e biologicamente aprimoradas.

O principal aprimoramento biológico aplicado nas garotas era um soro que estendia a expectativa de vida, bem como também impedia seu envelhecimento. Todas apresentariam, no máximo, a aparência de 30 anos de idade. Outra modificação feita foi deixar as garotas inférteis, pois os comandantes da Sala Vermelha viam a gravidez como uma fraqueza a ser eliminada. Durante seu treinamento na Sala Vermelha, Natasha se tornou a melhor agente da turma e foi condecorada com o título de Viúva Negra.

Batgirl

Batgirl já foi várias mulheres: Cassandra Cain, Helena Bertinelli, Bette Kane e Barbara Gordon. Criada por Bob Kane nos anos 60 para ser um dos ajudantes de Batman, hoje Barbara Gordon é um sucesso, apontada com um dos principais destaques feministas entre as super-heroínas. Após se recuperar de uma lesão na coluna que a deixou paralisada por três anos, Barbara se forma em psicologia forense na faculdade e tenta viver uma vida típica de uma garota de 20 anos em Burnside, uma “versão” de Gotham, no Brooklyn, NY, ao mesmo tempo em que caça psicopatas na internet.

Elektra

Criado por Frank Miller, Elektra Natchios apareceu pela primeira vez em Daredevil # 168 (janeiro de 1981). Ela se envolve emocionalmente com Demolidor, mas sua natureza violenta e seu estilo de vida mercenário dividem os dois. O personagem é um assassino altamente treinado de descendência grega que usa um par “sais” como suas armas.

Elektra se tornou uma das mais famosas personagens das HQs, com sua roupa vermelha e às vezes um lenço na cabeça da mesma cor. Enquanto esteve livre de seu lado maléfico, usava uma roupa branca e agia como heroína.

 Jessica Jones

Criada por Brian Michael Bendis e Michael Gaydos, ela apareceu pela primeira vez em  Alias #1 (novembro de 2001). Como grande parte dos heróis, ela ganha seus poderes num acidente quando entra em contato com produtos radioativos numa colisão entre o carro em que estava com os pais e um comboio militar.

Foi recentemente interpretada na série da Netflix Jessica Jones como uma detetive particular que tem sérios transtornos de estresse pós traumático. Controlada mentalmente e abusada por um ano por seu inimigo Kilgrave, Jessica passa por episódios de alcoolismo na série tentando esquecer o passado e a culpa pelo que aconteceu a ela. Uma personagem forte que certamente inspira mulheres vítimas de violência doméstica

Red Sonja

Criada pelo escritor Roy Thomas e pelo artista Barry Windsor Smith para Marvel Comics em 1973, ela foi livremente inspirada em “Red Sonya de Rogatino”, do livro de Howard, “The Shadow of Vulture”.

No episódio que retrata sua origem, Red Sonja vive com sua família em uma casa humilde nas estepes Hyrkanianas Ocidentais (isto parece estar na Ucrânia / Rússia moderna, embora a histórica Hyrcania esteja nas fronteiras do Irã / Turquemenistão moderno) e quando tem apenas 17 anos, um grupo de mercenários mata sua família e queima sua casa. Sonja tenta se defender, mas não consegue levantar a espada do irmão. Ela é brutalmente estuprada pelo líder do grupo. Respondendo a ela chorando por vingança, a deusa vermelha Scáthach aparece para ela e dá-lhe incríveis habilidades de luta, sob a condição de que ela nunca se deite com um homem, a menos que ele a derrote no combate justo.

Assim como a Capitã Marvel, seu uniforme foi reformulado por Gail Simone, com a intenção de livrá-la da sexualização, já que o antigo era um simples biquíni de aço.

Carolina Machado

Carolina Machado

Nerd de carteirinha, engenheira, gateira e colecionadora de funkos. Viciada em X-Men e Star Wars.

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