Governador de New York sanciona lei que proíbe salários diferentes
Daiane de Mario sexta-feira, 12 de julho de 2019
A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019 acabou recentemente, no entanto, representou um marco não somente nos esportes mas também na luta pelos direitos. A Copa do Mundo de Futebol Feminino bateu recordes de audiência, não somente pelas pessoas que acompanharam as seleções pelas transmissões ao vivo, mas também pelo público presente nos estádios.
O discurso de “sálarios iguais” foi um um “pedido” feito por diversas jogadoras em quase todas as seleções de futebol, visto que é um fato comprovado que as mulheres ganham muito menos do que os homens que jogam nas mesmas posições.
Nossa craque, Marta inclusive chegou a fazer um protesto, entrando em campo com uma chuteira preta com o logo rosa e azul da “Go Equal”, entidade que luta pela equidade de gênero, em virtude de um acordo de seu patrocinador que queria pagar bem menos a uma jogadora do que se pagaria a um atleta masculino.
Durante a partida final entre Estados Unidos e Holanda, o pedido por “salários iguais” ecoou pelo estádio e continuou por toda a comemoração das norte-americanas.
O então governador de Nova York, Andrew Cuomo, aproveitando o pedido da seleção, assinou um projeto de lei cujo objetivo é eliminar a diferença salarial entre os gêneros no estado. Cuomou assinou o projeto ontem (10), pouco tempo antes da Seleção Feminina desfilar pelas ruas de Nova York.
O projeto exige “pagamento igual para trabalho substancialmente similar” e proíbe os empregadores de pagarem os funcionários de maneira diferente com base em sua identidade de gênero, raça, orientação sexual ou classe social e também veta as empresas de perguntarem sobre o histórico salarial durante as entrevistas de emprego.
O prefeito da cidade de Nova York, Bill De Blasio, também aproveitou o gancho e usou a luta da seleção, e de todas a mulheres, para promover a sua campanha presidencial. De acordo com a CNN, Bill, candidato democrata afirmou:
“Se eu fosse presidente dos Estados Unidos, insistiria que o Congresso aprovasse uma emenda à Lei do Esporte Amador exigindo salário igual para homens e mulheres em todos os nossos times esportivos”.
As medidas entram em vigor nesta quinta-feira (11), e fazem parte da Agenda de Justiça para as Mulheres 2019, um programa que inclui leis contra o assédio laboral, proteção para as vítimas de tráfico sexual e financiamento para que mães solteiras possam estudar na universidade e sair da pobreza.
Daiane de Mario
Nerd de nascença, professora por vocação e mãe por opção. Amante de Sandman e da Mulher Maravilha, prefere sofá e pipoca do que uma balada num bar, ama o verão, glitter e seres mitológicos.
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