Cinema

Crítica Se a Rua Beale Falasse: Barry Jenkins traz leveza e muito sentimento no longa

  Patricia Piquia    quinta-feira, 07 de fevereiro de 2019

Estreia hoje, dia 07 de fevereiro o tocante drama romântico dirigido e escrito por Barry Jenkins – Se a Rua Beale Falasse – que também escreveu e dirigiu o ganhador do Oscar de 2016 Moonlight. O filme é baseado no romance de James Baldwin.

O filme conta a história de Tish, interpretado pela estreante Kiki Layne, e Fonny, interpretado pelo também estreante Stephan James. Tish e Fonny eram amigos de infância, da Rua Beale do título, que se apaixonaram na vida adulta. Infelizmente a vida dos dois é abalada quando Fonny é preso e Tish descobre que está grávida e partir dessas duas situações é que o filme foca, especialmente na acusação de Fonny, uma acusação injusta e racista que afeta a vida da grávida Tish e de suas famílias.

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O diferencial do filme é a beleza e a leveza com que o racismo é tratado. Não dá para esquecer como o racismo afeta a vida das pessoas e isso é extretamente pesado, mas o diretor usa uma linguagem bonita para tratar desse assunto. O filme inicia bem romântico, mostrando como Tish se apaixonou por Fonny e como essa linda história foi abruptamente interrompida pela acusação e prisão dele. É nesse sentido que o diretor explora como o racismo interrompeu os sonhos daqueles jovens apaixonados; como o de tantos jovens negros que lutaram pelo simples direito de viver em paz.

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E nesse olhar algumas atuações se destacam e entre elas a da mãe de Tish, interpretada pela ganhadora do Globo de Ouro e Critics’ Choice e também indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por essa atuação, Regina King. A mãe de Tish a apoia durante a gravidez, luta para que Fonny seja libertado e para que as acusações sejam esclarecidas. É toda essa luta árdua que demonstra a atuação poderosa de Regina.

É uma história que precisa ser contada para sempre, não podemos nos esquecer que os direitos que conquistamos hoje foram baseados em privilégios. Ainda sobre o filme, em termos de premiações esperava mais de Regina King, acho que a luta da mãe é linda e poderosa, mas ela aparece pouco e sem spoilers, mas por conta do desfecho, esperava bem mais, pois suas concorrentes em outros filmes, como as coadjuvantes de A Favorita e a codjvante de Vice tem atuações mais poderosas nas telas. Mas o filme no geral é muito bonito e repleto de delicadeza. Vale a pena assistir para prestigiar um diretor que vem quebrando os paradigmas sociais com um elenco negro e mostrando que consegue falar sobre o racismo de diversas formas e sentimentos.

Patricia Piquia

Patricia Piquia

Nerd, brasiliense, estabanada e professora de inglês. Amo música, livros, séries, filmes, arte, corridas e viagens.

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