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O Garotas Nerds foi criado em 2009 com o objetivo de aumentar a representatividade feminina online, construindo novas narrativas a partir da experiência de mulheres dentro do universo nerd.
Invadindo o espaço da Gabriela Franco pra falar de cinema! Mas não “qualquer cinema”. 😉
Quem leu meu post indicando os “preferidos de terror” sabe que cresci assistindo eles. E hoje em dia mesmo que meu gosto tenha evoluído faço questão de respeitar o “apego a infância” e assistir as novidades do gênero.
Semana passada estreou A Hora do Pesadelo – famoso clássico com Freddy Krueger. Alguns amigos já haviam enviado links com notícias e comentado detalhes do filme, mas minha decepção iniciou ao ler que não teríamos Robert Englund.
Não me admira que os antigos fãs fiquem confusos logo no início do filme. Estamos acostumados com um filme repleto de antigas partes – Freddy sendo queimado, lembranças de alguma vítima que sobreviveu e etc…Em A Hora do Pesadelo (2010) precisamos de uma adaptação as novidades e jeito de Rooney Mara que parece iniciar o filme já em sono profundo, tamanha capacidade de interpretação. Kyle Gallner não fica atrás, estampando pouco pânico ao dar de cara com Freddy (eu só conseguia pensar: “Porra! É o Freddy, corra, grite, chore, esperneie!”)
O resto do elenco é praticamente imperceptível.
O que manteve na cadeira os novos telespectadores foram sem dúvida os efeitos. Que para nós, antigos admiradores da série não são satisfatórios. Muito barulho, sustos estilo Pânico e até copias descaradas de cenas do Exorcista. Detalhe do corredor onde Nancy Thompson (interpretada por Rooney Mara) nada e me remete ao O Iluminado.
E assim segue o filme, resgatando algumas cenas clássicas como Heather Langenkamp na banheira e Amanda Wyss no saco mortuário.
Sobre Jackie Earle Haley a atuação foi medíocre. Ele conseguiu o mínimo exigido: segurar a responsabilidade de interpretar um personagem tão antigo.
E minha opinião se manteve – ficamos anos e anos assistindo Englund por atrás da maquiagem de Freddy, nos acostumamos com o corpo e principalmente os passos que ele dava em direção as pessoas, à forma que ele arranhava a luva no quadro negro ou qualquer superfície de ferro, acostumamos até nossos ouvidos a esses terríveis sons! Filmes clássicos como A Hora do Pesadelo com tantos atores coadjuvantes e apenas um principal torna impraticável uma continuação sem ele.
Mas espero o próximo, com uma direção mais tradicional e a língua de Englund no rosto de alguma vitima.