Cinema

Star Wars Day: Como o mundo recebeu a saga em 1977

  Kaury Miranda    sexta-feira, 04 de maio de 2018

Em meio aos ares da guerra do Vietnã, o mundo ainda assustado da forma como só uma guerra pode fazer: assim estávamos em 1974 quando George Lucas, cansado do modo como o cinema estava caminhando, teve a ideia de fazer um filme que envolvia humanos, robôs e alienígenas no espaço. Já pode imaginar que a novidade não foi muito bem recebida né?

A 20th Century Fox estúdios aceitou fazer o projeto após a Universal e United Artists se negarem. Mas ainda assim podemos dizer com alto grau de certeza que, se tem algo que a 20th Century Fox se arrepende, é de não ter acreditado mais em George Lucas. Por não levarem fé no filme, o estúdio permitiu que George Lucas tivesse todos os direitos do filme.

Então escrito e dirigido por George Lucas, Star Wars foi aos cinemas em 25 de maio de 1977 (o Dia da Toalha ou Orgulho Nerd) e estourou os recordes de bilheteria da época. Com investimento de apenas US$ 11 milhões, arrecadando US$ 775.398.007 milhões de dólares e ganhando sete prêmios no Oscar, faz com que o filme fosse considerado um dos melhores investimentos da historia de Hollywood. A influencia cultural foi instantânea e o tema de Star Wars foi a música mais tocada durante duas semanas naquele ano.


Com o dinheiro dos direitos, George abriu a Lucasfilm e deu continuidade a sua loucura que bem conhecemos e amamos! Naquela época as pessoas não tinham toda essa ansiedade em relação aos cinemas e iam até o local muitas vezes sem saber o que estava em cartaz. As pessoas chegaram naquelas salas sem nenhuma expectativa e se depararam com ação, emoção e muitos efeitos especiais, uma verdadeira obra de arte.

Inevitavelmente Star Wars virou febre e mudou o conceito de cinema que as pessoas tinham (o conceito de filme blockbuster surgiu aqui,  lindo né?).

No livro “George Lucas – A Life (2016)” do escritor Brian Jay Jones, nosso querido Han Solo (Harrison Ford) diz: “George tinha uma visão tão clara na cabeça do que queria que era quase uma piada levar os atores a fazer exatamente como ele desejava”, deixando claro que apesar do roteiro e dos diálogos das cenas terem sido considerados péssimos por quem os leu na época, George Lucas tinha em sua mente tudo bem pensado e detalhado.
Acredito que George não nos deu somente uma obra da sétima arte, mas sim uma prova de que se você tem um sonho, tem que acreditar nele e na sua capacidade, mesmo que lhe digam o contrário.

Obrigado George Lucas por tirar esse mundo lindo da sua imaginação e compartilha-lo conosco!

Confira abaixo algumas criticas que o filme recebeu na época.

“Star Wars é um filme totalmente desinteressado em qualquer coisa que não se conectar com o público de massa. Não há fôlego na imagem, sem lirismo; A única tentativa de beleza está no duplo pôr-do-sol. É agradável em seus próprios termos, mas é extenuante, também: como levar um pacote de crianças para o circo. Uma hora depois, as crianças dizem que estão prontas para vê-lo novamente; Isso é porque é uma assembléia de peças sobressalentes – não tem aperto emocional. Star Wars pode ser o único filme em que a primeira vez em torno das surpresas são reconfortantes …. É um épico sem um sonho. Mas é provavelmente a ausência de maravilha que explica o sucesso especial, enorme do filme. A excitação daqueles que o chamam de filme do ano vai muito além da nostalgia do sentimento de que agora é a hora de retornar à infância “. – Pauline Kael, The New Yorker

“Star Wars, que abriu ontem no Astor Plaza, Orpheum e outros teatros, é a série de filmes mais elaborada, mais cara e mais bonita já feita. É tanto uma apoteose de séries como Flash Gordon e uma crítica espirituosa que faz associações com uma variedade de literatura que é nada se não eclético: Quo Vadis?, Buck Rogers, Ivanhoe, Superman, O Mágico de Oz, O Evangelho segundo São Mateus , A lenda do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda … O caminho definitivamente para não se aproximar de “Guerra nas Estrelas”, porém, é esperar um filme de implicações cósmicas ou fazer referência a ele com tantas referências que se antecipa como se Eram um dever literário. É divertido e engraçado. “- Vincent Canby, The New York Times

Kaury Miranda

Kaury Miranda

Analista de sistemas como profissão e modelo nas horas vagas. Na cabeça dela idade não limita nada e você pode sim ser adulta com um sabre de luz na mão.

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