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O Garotas Nerds foi criado em 2009 com o objetivo de aumentar a representatividade feminina online, construindo novas narrativas a partir da experiência de mulheres dentro do universo nerd.
Como diria o velho clichê, a vida imita a arte. Uma equipe de engenheiros da Brigham Young University se inspirou no futuro tecnológico imaginado em filmes como “Star Wars”, “Avatar” e “Homem de Ferro” para trazer à técnica de projeção de objetos a possibilidade de exibição volumétrica. Em outras palavras, a projeção 3D passou a ser uma realidade.
O trabalho, apelidado de “Projeto Princesa Leia”, graças à icônica cena de “Star Wars Episódio IV – Uma Nova Esperança”, na qual o droide R2-D2 projeta um holograma da heroína implorando pela ajuda de Obi-Wan Kenobi, foi publicado na íntegra na Revista Nature de 24 de janeiro de 2018, mas apenas o resumo em inglês está disponível para consulta gratuita.
Como esclarece Daniel Smalley, um dos engenheiros elétricos envolvidos no projeto, a inovação permite uma exibição volumétrica que flutue no ar e possa ser vista de todos os ângulos, pois os hologramas que conhecemos até agora se limitaram a projetar as imagens contra certas superfícies, como vidro ou fumaça.
A técnica de exibição volumétrica por armadilha óptica, como foi denominada, consiste em “aprisionar” uma partícula de celulose suspensa no ar por meio de um jogo de luz e sombra criado por um raio laser específico que emite regiões claras e escuras. As regiões escuras cercam a partícula, que não consegue “escapar” por causa do calor da luz das regiões claras. Com essa manipulação, é possível mover a celulose pelo ar.
Um segundo conjunto de lasers projeta luz visível em cores (vermelho, azul e verde) sobre a partícula. Em uma trajetória mais rápida que a captura pelo cérebro humano, a celulose cria a ilusão de traçar uma linha sólida. E, se “com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo”, a “linha” de celulose permite desenhar uma imagem flutuante, à semelhança do que é feito por uma impressora 3D.
Por enquanto, foi possível desenhar uma pequena borboleta, o logo da Universidade, e a Terra, com menos de 3 centímetros de largura cada. Este projeto é, contudo, um grande avanço para os estudos a respeito do assunto.
A partir dele, a esperança é que a tecnologia evolua para permitir a manipulação de um plano de partículas movendo-se simultaneamente, o que ampliaria o tamanho, a velocidade e a complexidade das imagens. Com isso, dá para sonhar em reproduzir partes do corpo humano para facilitar procedimentos cirúrgicos – mas já ficaríamos bem felizes em termos a eterna Princesa Leia ao alcance de nossas mãos.
Você pode ver mais informações em inglês na página da Revista Science, no site da Brigham Young University, e no vídeo abaixo: