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O Garotas Nerds foi criado em 2009 com o objetivo de aumentar a representatividade feminina online, construindo novas narrativas a partir da experiência de mulheres dentro do universo nerd.
Anonymous Was a Woman (‘Anônimo era uma mulher’, em tradução livre) é um projeto que apoia artistas femininas, com mais de 40 anos, que são pouco reconhecidas pelo seu trabalho. Não se trata de uma novidade, a ação faz parte de um programa de subsídios que existe há 22 anos, e que já investiu cerca de US$ 5,5 milhões ajudando 220 artistas.
A notícia está sendo divulgada atualmente porque Susan Unterberg, a doadora por trás do prêmio resolveu sair do anonimato. Unterberg, que aos 40 anos também era uma artista desconhecida, decidiu levantar a bandeira e apoiar mulheres em situação semelhante, tentando inspirar outros filantropos. Ela fundou e patrocinou o programa com recursos que herdou do pai, empresário do petróleo e também filantropo. “É um ótimo momento para as mulheres falarem”, disse Unterberg. “Eu sinto que posso ser uma defensora melhor tendo minha própria voz.”
Excelentes talentos femininos passam anônimos e incompreendidos por não ter apoio e incentivo, principalmente em relação a como fazer ou divulgar seus trabalhos, e também por preconceito e pressões financeiras. O nome “Anonymous Was a Woman” faz alusão a uma frase de Virginia Woolf, em Um Quarto Só Para Si, ensaio publicado em 1929, um dos pilares do feminismo. O livro evoca situações que reduziram ao silêncio gerações inteiras de mulheres.
A fotógrafa Susan Unterberg, 77 anos, vive em Nova York, Estados Unidos. Suas obras fazem parte da coleção permanente de museus como Metropolitan, MoMA e Museu Judaico, além do Museu de Arte do Condado de Los Angeles, Califórnia e do Museu de Arte Nelson-Adkins, Kansas City, Missouri. Em 2004, expôs uma retrospectiva da carreira no Centro de Artes Contemporâneas em Cincinnati, Ohio. Apesar do reconhecimento, ela declara que passou pelos mesmos obstáculos enfrentados por mulheres artistas em todo o mundo. “Elas não recebem exposições em museus com tanta frequência quanto os homens, elas não têm os mesmos preços no mundo da arte, e isso não parece estar mudando.”
Segundo estatísticas divulgadas pelo Museu Nacional de Mulheres nas Artes, as obras de artistas mulheres representa apenas de 3% a 5% das principais coleções permanentes em museus da Europa e dos Estados Unidos. O estudo revelou também que nos Estados Unidos, entre 2007 e 2013, apenas 27% das exposições em grandes instituições foram dedicadas a mulheres. Um fato recente pode ser citado como exemplo dessa disparidade: A National Gallery, de Londres, adquiriu pela primeira vez em 27 anos, uma obra de arte de uma mulher (um autorretrato da pintora do barroco italiano Artemisia Gentileschi).